Novas gordices na Campus Party

Lucio Luiz
@lucioluiz

Publicado em 12 de fevereiro de 2013

Gordo de Raiz, por Lucio Luiz

"Bancada dos podcasters" na Campus Party 2013A última vez que eu fui à Campus Party foi na edição de 2010. Na época, foi um Paraíso Nerd, com uma conexão à internet indecentemente alta (considerando que, na época, o máximo que eu conseguia em Nova Iguaçu eram reles 1MB), uma multidão de nerds e geeks pra todo lado que se olhava e quase nenhuma opção de comida.

Depois de três anos, finalmente participei de mais uma edição do evento. E logo de cara notei semelhanças (a conexão gigantesca, os viciados em games parecendo estátuas diante de seus computadores brilhantes e caríssimo, promotoras com roupinhas colantes para deixar os geeks ligadões e coisas assim) e diferenças (comparado às outras edições, o evento parecia um deserto, com pequenos grupinhos de nerds aqui, ali e acolá, com pouco ou quase nenhum grito, flash mobs e coisas de gente maluca).

Catering (ou "bandejão") da Campus Party 2013Mas o importante para o Papo de Gordo é o lado alimentar. Afinal, o que não falta é relato sobre a Campus Party na internet (caça no Google). Para começo de conversa, o local era mais bem servido de opções alimentares do que em 2010. Um dos motivos, creio, foi o fato de estar no Anhembi, que é um centro de convenções que já conta com restaurantes e lanchonetes.

Além disso, ainda havia uma praça de alimentação com boas opções (embora, como é normal nesse tipo de evento, com preços bem acima dos praticados nas mesmas lojas fora de lá),Pipoca estranha incluindo um Montana Grill, umas lanchonetes interessantes e umas coisas bizarras, como uma pipoca meio roxa, meio cor-de-rosa (talvez magenta?). Tudo bem que o lugar costumava ficar vazio, já que, além de não termos tanta gente assim na Campus Party, o pessoal parecia mais interessado em ficar baixando vídeos “educativos” na internet.

Apenas a título de reportagem jornalística, também visitei o catering, que é um nome chique para bandejão. Só que ele até que era competente. Eram diversas opções de massa, carne, salada, batata frita e algumas outras coisas até gostosas, mas que ainda não sei o que eram (e prefiro não saber). Por um preço fixo, se comia à vontade (mas com a limitação de uma bebida, sem possibilidade de comprar outra – ao menos eu perguntei para três pessoas como comprar outra garrafinha de água e ninguém sabia como). Comi um ~saudável~ prato de batata frita, nhoque com molho vermelho e uma massa com molho branco (sempre confundo os nomes das massas).

Meu primeiro almoço na Campus Party 2013Só que, na Campus Party, a verdadeira alimentação ocorre nas mesas. Afinal, ninguém quer parar de interagir com as pessoas, tanto pessoalmente quanto facebookamente. Na “bancada dos podcasters”, onde fiquei na maior parte do tempo, a maioria das pessoas tinha uns biscoitinhos, refrigerantes e garrafinhas de água. Nem precisa de mais do que isso. Claro que algumas pessoas até tentaram fazer café, mas os bombeiros mandavam desligar todas cafeteiras.

Afinal, num ambiente com tantos equipamentos eletrônicos ligados em centenas de extensões e benjamins, umas cafeteiras elétricas são a maior ameaça de incêndios em proporções inimagináveis #not

Como bom gordo de raiz (mesmo perdendo peso, ainda sou um, parem com o bullying ou chamo minha mãe!), procurei pelas opções de alimentação gratuita.Eu, com dois "uns quartos" de sanduíche Volta e meia via no Twitter uma empresa que afirmava estar distribuindo comidinhas de graça, mas, pra mim, retuitar por comida é o mesmo que pagar por ela (e se for pra pagar, que seja algo bom).

Felizmente, na Campus Party havia o mesmo estande da Seara que eu encontrei no YouPix Rio, que distribuía pedacinhos de seu hot pocket (ainda não decorei o nome do produto deles). A grande vantagem da pouca quantidade de gente no evento é que, dessa vez, ganhávamos dois “uns quartos” dos sanduíches de uma vez só, o que me permitiu completar um sanduíche inteiro com apenas uma repetição de fila (isto é, se houvesse gente suficiente para formar filas).

Para fazer a digestão, um pouco de videogameResumo do roteiro gastronômico da Campus Party: As opções alimentares até estavam boas (embora meio caras), mas nada que impedisse uma boa alimentação sem sair do evento (ao contrário de 2010). Ainda assim, fica a dica para os interessados em participar da próxima edição (se é que o ritmo de “redução de nerds” não vai condenar o evento à extinção): Leve uma mochila cheia de comida, mas finja que você está carregando uns cinco notebooks com dois estabilizadores pra ninguém querer filar.

Só abra mão do café, ou os bombeiros vão te pegar!

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