Obesos não precisam mais passar pela catraca dos ônibus em Campo Grande

Lucio Luiz
@lucioluiz

Publicado em 30 de junho de 2011

Enquanto não são aprovadas as Leis que garantem um mínimo de conforto para os obesos mórbidos no transporte público, muitas pessoas continuam passando por humilhações. É o caso da estudante Carla Cristina Zurutuza, de Campo Grande (Mato Grosso do Sul).

Carla, que faz faculdade de Letras, pesa 127 quilos e tem grande dificuldade de passar pela catraca dos ônibus. Qualquer pessoa com bom senso teria a solução: Bastaria ela pagar a passagem, girar a roleta sem passar e sair pela frente, correto? O problema é que, segundo ela, muitos motoristas simplesmente não permitiam que ela saísse sem passar pela catraca, o que a deixava em uma situação constrangedora.

A gota d’água foi quando, mais uma vez, um motorista a obrigou a passar pela roleta e ela acabou ficando com um hematoma na barriga. Carla procurou, então, o presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur), João Rezende Filho, que providenciou para a estudante uma autorização para embarcar pela porta traseira dos ônibus.

A base para a autorização foi o Decreto Municipal 10.535, de julho de 2008, que estabelece critérios diferenciados para embarque de gestantes nos transportes públicos urbanos de Campo Grande. Agora, qualquer pessoa que tenha dificuldade para passar pela catraca terá o mesmo direito, desde que pegue uma autorização na Assetur. Além disso, os motoristas devem passar por uma reciclagem para se “adequarem” à nova determinação.

Diante disso tudo, vem uma simples pergunta: Será que tudo isso não se resolveria bem mais fácil e com menos burocracia se houvesse bom senso e respeito?

Confira abaixo uma reportagem sobre o assunto, exibida na TV Morena, afiliada da TV Globo em Campo Grande:

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Fonte:
Estudante obesa consegue direito de não usar catraca de ônibus em MS

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5 respostas para “Obesos não precisam mais passar pela catraca dos ônibus em Campo Grande”

  1. Edmilson disse:

    Por aqui os motoristas são menos trabalhosos a pesar de tambem não serem bem educados não

  2. Rodrigo_X disse:

    Gente, eu que moro em Campo Grande acompanhei essa notícia meio que "de perto" em vários sites locais. O problema foi apenas com UM motorista infeliz que acabou gerando todo o problema. Espero que agora com a decisão favorável a moça com a carteirinha que permite ela entrar pela frente não seja mais vítima deste constrangimento.

  3. Carla Zurutuza disse:

    Oi Rodrigo!! Aqui é Carla, estava lendo seu cometário realmente de eu ficar om hematomas foi apenas um motorista, mas de constragimentos eram diários, talvez vc não prestou atenção nas notícias que você acompanhou meio "de perto". Isso não é problema, não foi gerado problema algum, isso que aconteceu foi falta de educação com as pessoas pois não é apenas eu que sofria isso, são várias pessoas e eu sempre vou buscar os meus direitos, eu pago imposto, vc paga imposto, vivemos cercado de uma sociedade pobre de espirito infelizmente!!!
    Temos que buscar sempre nossos direitos e eu vou sempre brigar pelos meus ou de quem estiver precisando!!

  4. Eu peso 104 kilos, mas sou alto, as pessoas nem me consideram gordo, mas mesmo assim tenho dificuldade pra passar na catraca e as vezes fico preso, imagina o constrangimento pra uma pessoa realmente obesa? O bom senso resolveria muita coisa nesse aspecto…

  5. Rodrigo_X disse:

    Olá! Legal te "encontrar" aqui. Como na época que eu andava de ônibus, andava sempre com os mesmos motoristas, face a rotina do dia a dia, não imaginava que existissem tantos sem educação. Eu acreditei que o problema fosse mais isolado, mas pelo jeito, o lance é generalizado. Hoje como minha bicicleta tava na "revisão", acabei indo de ônibus para o trabalho, e naquele mini-terminal na frente do Hércules Maymone, vi alguns "colegas de peso" descendo pela frente sem problemas. Acredito que isso só foi possível graças sua iniciativa de expor o problema.

    O ruim é que alguns de nós temos vergonha de exigir nosso direitos graças a nossa cultura, que trata aquele que demanda o que lhe é devido de reclamão.

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