Respire fundo

Eduardo Sales Filho
@eduardo_sales

Publicado em 12 de outubro de 2007

Sou asmático e tenho rinite desde criança. Pra qualquer lugar que vá, levo sempre minha bombinha pra asma e meu anti-alérgico no bolso.

Já me acostumei com minhas crises de falta de ar. Algumas são tão fortes que assustam as pessoas à minha volta, mas consigo lidar com a asma numa boa. Basta dar uma tragada no inalador e fico novo em folha. O coração acelera, as pupilas se dilatam. É quase como usar drogas pesadas.

Quando morei em São Paulo cheguei a comprar um nebulizador, pois com a poluição de sampa city, minhas crises eram constantes.

As crises de rinite são sempre as piores. Odeio quando não consigo parar de espirrar e detesto ter de lidar com um nariz pingando. Costumo falar aos meus amigos que tenho alergia a acordar de manhã, pois sempre que levanto muito cedo a rinite ataca e fico espirrando sem parar.

Com todo esse histórico de problemas respiratórios, me surpreendi com o resultado da minha espirometria. Segundo o laudo médico, eu atingi 88% da minha capacidade respiratória prevista. É bem mais do que imaginava.

A conclusão do exame acusou uma espirometria normal, e com prova farmacodinamica positiva. Isso quer dizer que meu sistema respiratório funciona bem, mas depois que uso um broncodilatador, funciona ainda melhor.

Quem diria… a minha asma não me ferrou tanto assim.

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