O Turista Gastronômico: Crônicas Paulistas – Parte I

Eduardo Sales Filho
@eduardo_sales

Publicado em 25 de abril de 2008

Já relatei aqui mais de uma vez a minha paixão por sanduíches. Como todo gordo que se preze tenho apenas uma exigência em relação aos sandubas, eles têm de ser grandes, ou pelo menos tinham…

Entre os meus sanduíches favoritos está o clássico hot dog. Sempre gostei de comer cachorro-quente; quando ia estudar na casa de algum colega na época da escola, era comum a mãe dele providenciar um lanche rápido, fácil e simples de fazer… invariavelmente isso significava cachorro-quente com Tang.

Mas só fui descobrir o quanto um hot dog podia ser bom mesmo na época que morei em São Paulo. Aportei em terras paulistas em outubro de 1998 e, entre idas e vindas, fiquei por lá até junho de 2001; foi em janeiro deste mesmo ano que conheci o Blackdog.

Era final de janeiro, aniversário do Mano Novo, depois de tomar umas e outras nos bares da vida, resolvemos parar pra comer alguma coisa. Ele sugeriu uma barraquinha de cachorro-quente que ficava perto da Av. Paulista. Apesar do aspecto meio estranho pra mim – afinal jamais havia comido um hot dog com purê de batata, três tipos diferentes de queijo e ainda batata palha por cima – achei o sanduíche sensacional! E grande, muito grande!

BlackDog
O blackdog é maior que uma garrafa de 500ml.

Aquela barraquinha de cachorro-quente fez tanto sucesso que a empresa se desenvolveu e, alguns meses depois, já estava de endereço novo, em um antigo bar no outro lado da rua. Com uma estrutura melhor eles puderam criar o maravilhoso conceito do hot dog prensado na chapa, tornando o que era bom ainda melhor.

Mais alguns anos se passaram e algum visionário decidiu que o Blackdog era bom demais pra atuar em apenas uma área, assim foram criadas franquias da lanchonete por toda a capital paulista. Recentemente a loja principal mudou de endereço novamente, ela continua na mesma rua, mas agora ocupa um antigo casarão.

A humilde barraquinha de cachorro-quente havia se transformando numa mega empresa do ramo da alimentação, era evidente que eu não poderia perder a oportunidade de dar uma passadinha por lá pra encarar um blackdog básico e descobrir se o sabor continua tão bom quanto antes.

O desafio estava lançado. Marquei com o Mano Novo e Conrad às oito da noite, mas o trânsito louco de São Paulo fez com que ambos chegassem muito atrasados. Enquanto esperava os dois, na companhia de Maira, fui observando as mudanças no menu e recordando a primeira vez que comi no Blackdog. Minha vida era bem diferente, mais simples, talvez.

Os atrasados finalmente chegaram e tava na hora de ver do que meu novo estômago era capaz. Depois de quatro longos anos eu iria comer um blackdog novamente.

BlackDog
Operei o estômago, não o cérebro!

O sanduba ainda é ótimo, mas meu estômago já não é mais o mesmo. Tive de dividir meu cachorro-quente com Maira, e no tempo que levei pra comer a minha metade do hot dog, o Mano Novo e Conrad comeram dois sanduíches inteiros! Mas não tem problema, eu matei a minha vontade mesmo comendo pouco. Definitivamente sou um gordo feliz.

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2 respostas para “O Turista Gastronômico: Crônicas Paulistas – Parte I”

  1. Denis disse:

    e esse ai ainda nao ta tao caprixado nao, eu trabalho em uma frankia blackdog ja fiz uns maior ki esse..rs

  2. […] que, mesmo com pouco tempo de operado, ainda posso engordar. Quando fui para São Paulo em abril do ano passado, comi tanta bobagem por lá que voltei cinco quilos mais gordo. Tá certo […]

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