Bullying e o Zangief Kid

Eduardo Sales Filho
@eduardo_sales

Publicado em 21 de março de 2011

Na semana passada recebi uma enxurrada de e-mails e replys no Twitter falando sobre o ‘Zangief Kid’, o garoto gordinho que não aguentava mais ser atormentado pelos colegas e resolveu revidar.

O vídeo da briga, feito pelos colegas do valentão, Richard Gale, viralizou rapidamente e virou notícia em diversos portais. Por mostrar cenas de violência envolvendo menores de idade, o YouTube o retirou do ar diversas vezes, mas ainda é possível assistí-lo no Dailymotion.

O gordinho virou herói, ganhou milhares de fãs e até mesmo um site não-oficial. Em recente entrevista concedida a um programa de TV australiano, finalmente ficamos sabendo um pouco mais sobre o garoto chamado Casey Heynes. O adolescente de 15 anos conta como vem sendo vítima de bullying há muito tempo. O motivo? Seu peso.

Assistam ao vídeo abaixo:

É de cortar o coração, não é? Imaginem o quanto esse garoto precisou ser forte para aguentar todos os abusos que recebeu ao longo dos anos. Pensem nas noites em que ele passou acordado tentando entender porque seus colegas o tratavam desse jeito e não conseguiu chegar a conclusão alguma.

Depois de duramente criticado por todos que viram o vídeo, Richard Gale, o valentão que aparece dando socos em Casey Heynes, veio a público e deu uma entrevista contando a sua versão da história. Ele se diz também uma vítima de bullying e afirma que o gordinho havia começado. Assistam ao depoimento do garoto e tirem suas próprias conclusões, mas já adianto que ele não me convenceu.

Bullying não é uma coisa nova, eu mesmo já sofri com isso durante minha época no colégio e resolvi da mesma maneira que Casey: enfiando a porrada no magrelo folgado que se achava muito valente. Se quiserem mais detalhes desta história, falei sobre isso no segundo episódio do Papo de Gordo, Infância de Peso – Parte II.

Lembro que não contei aos meus pais sobre essa briga. Nem mesmo falei que era atormentado pelos apelidos carinhosos que recebia dos meus colegas magros: rolha de poço, baleia assassina, bolachão de 100 mirréis, picolé de banha, entre tantos outros…

Não acredito que alguém poderia fazer com que as agressões acabassem, então não tenho certeza se meu silêncio prolongou a situação. Provavelmente meus pais falariam com os professores que, por sua vez, puniriam os alunos envolvidos com advertências ou suspensões. Como expulsões só são usadas para casos extremos, com forte violência física envolvida, o bullying não acabaria, os valentões só teriam mais trabalho para me encontrar sozinho.

As únicas pessoas que poderiam fazer alguma coisa eram os pais dos garotos que me atormentavam, só eles tinham o poder necessário para isso. Não estou falando de punições físicas, mas sim de educar seus filhos para que não achem que podem ridicularizar seus coleguinhas na escola só porque eles são gordos, negros, baixos, altos, usam aparelho… enfim, são diferentes.

As crianças são um reflexo da nossa sociedade preconceituosa e intolerante. Se praticam bullying no colégio, a culpa não é apenas delas ou dos seus pais, mas sim de todos nós. Enquanto as pessoas acharem normal matar alguém só porque ele acredita em outro Deus ou simplesmente torce para o time errado, casos como o de Casey Heynes, infelizmente, continuarão acontecendo.

Até que essa mentalidade mude só nos resta seguir o sábio conselho com que o ‘Zangief Kid’ encerra a sua entrevista: “foque nos dias bons e mantenha o queixo erguido. A escola não irá durar para sempre”.

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*UPDATE 1*

O vídeo de Casey Heynes enfrentando o garoto que o atormentava no colégio virou até mesmo um jogo para PC. Clique aqui e confira.

O Fantástico também fez uma matéria especial sobre bullying usando o caso do Zangief Kid.

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*UPDATE 2*

O caso do Casey Heynes, o ‘Zangief Kid’, viralizou rapidamente ganhou espaço na mídia. No embalo das grandes mobilizações internéticas em torno de um tema “bullying” e “preconceito contra os horizontalmente avantajados”, os veículos de comunicação abriram espaço para a discussão. Por isso, reprentando os gordinhos e gordinhas que estão em paz com suas curvas, depois de aparecermos numa matéria na Folha de São Paulo, com direito a foto do tio Lucio e tudo, agora o Papo de Gordo foi citado na coluna do jornalista Salomão Schvartzman na BandNews FM.

Aperte o play abaixo e escute:

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35 respostas para “Bullying e o Zangief Kid”

  1. Fred Aguiares disse:

    O gordinho foi foda! Perfeito!

    A gente pode ver que depois do primeiro soco ele se mantem calmo, brincando com as mãos para fingir que não foi nada, nem doeu e talz…eu já fiz isto p/ nõa demosntrar fraqueza e tentar não revidar, depois do idiota ficar dando pulinhos e bater de novo ele não aguentou!

    Me senti vingado!!!!

    O "valentinho"

    Tambem não me convenceu, nem ele e nem o choro do "pai" do garoto!

    Sem contar que ele está nitidamente sendo instruido quando perguntam se ele se arrepende e ele diz prontamente que não! Depois "muda" de idéia.

    Posso estar enganado mas amanha deve surgir uma entrevista com os dois fazendo as pazes, bom se eu fosse daquele canal de tv este seria o meu proximo pensamento.

  2. Mi disse:

    Eu também sofri de bullying no colégio, tenho 1,70m e tenho essa altura desde os 13 anos ou menos (???) Então, eu era mais alta que todo mundo. Meu apelido era girafa… (eu ainda não era gorda, senão o apelido poderia outro, né?!).

    Sinto por todas as pessoas que sofrem bullying, isso é muito triste.

  3. Márcio disse:

    Também sofri bullying bem na época que estorou o jiu jitsu, eu era a cobaia dos que desvirtuavam o uso dessa nobre arte, e não adiantou falar com professores, nem pais pois ou não acreditavam, ou chamava o agressor, tinha uma conversa cara-a-cara e depois na ida para casa já viu. O quando os outros colegas sabiam como tinha resolvido, aí era motivo de chacota maior, antes eram só uns 2, depois virou a sala inteira. Eu era o mais novo, era adiantado em 1 ano, e caí na turma dos repetendes. Só parou quando usei a burrice deles contra eles.

  4. P4QDERME disse:

    Sofri bullying no colégio da 1ª até a 8ª série e onde morava a minha infância e início de adolecência, só descobri que pessoas podem ser boas e legais no segundo grau e isso não me fez uma pessoa ruim. Sem o bullying acho que eu seria uma pessoa diferente do que sou hoje, mas acho que não melhor.

    No colégio cheguei ao ponto de apanhar de oito de uma vez, simplesmente por nada! POR NADA! Sempre fui gordinho que ficava quieto no canto e não falava com ninguém por causa do bullying. Meus pais me colocaram em tratamento psicológico porque achavam que tinha algo de errado comigo, mesmo contando TUDO que acontecia no colégio e no condominio, pois não tinha amigos. Fiz tratamento dos 6 aos 14 e sempre contei tudo para os vááááááááááários psicólogos e NADA NUNCA MUDOU. Com 15 mudei de colégio, entrei no segundo grau e TUDO mudou. Hoje, da infância tenho somente um amigo que é o meu padrinho de casamento e padrinho da minha filha. Da época do segundo grau, tenho vários amigos e nos falamos até hoje.

    Confesso que toda vez que vejo o video do Casey jogando aquele muleque no chão como se fosse um saco de merda (que sinceramente é isso que o Richard é – YOU HEARD ME BITCH! ARE YOU A BAG OF SHIT!), toda a raiva das surras e humilhações vem a tona.

    Como tenho uma filha pequena, tem 1 ano e 2 meses, não sei como é ter um filho atacado por bullying. O meu medo é o que eu vou fazer quando souber que ela sofreu algo do tipo no colégio ou na rua onde moramos.

    • Carlos Eduardo Rech disse:

      Cara, tb ja sofri com isso, no ensino fundamental, e no ensino medio tb, sempre fui gordinho, intaum acho q sei mt bem pelo q tu passou. Com relação ao seu medo, do q vc vai fazer quando souber q sua filha sofreu ou sofre com um problema desse… bom eu te aconselharia a colocala ja desde pequena em aulas de artes marciais.

      pod parecer uma coisa muito estranha ou ate "violenta" mas muito pelo contrario, sou praticante de Taekwondo, e o valores q se aprende com isso, ensinam a usar a força apenas quando necessario, mas se naum houver outra opçao, a pessoa saberá se defender com eficiencia, sem contar q as vezes soh de um bully saber q vc pratica uma arte marcial, ja fica com o pé atras, acho q se ja fosse taekwondista desde pequeno poderia ter evitado muitos desentendimento e muitos aborrecimentos por conta desse grande problema q eh o bulling

      • P4QDERME disse:

        Eu fiz Taekwondo o segundo grau quase todo, me ajudou muito com o auto-controle e respeito. Quanto a coloca-la pra fazer arte marcial, com certeza, mas eu tenho medo da covardia no colégio. Na 4ª ou 5ª série, eu cheguei a apanhar de oito de uma vez só, simplesmente porque eu estava sentado no canto do pátio do colégio lendo um livro. Nesse dia no colégio, quando fui até o inspetor falar do que aconteceu e quem foram os que me bateram, ele simplesmente disse que era mentira e eu deveria voltar pra sala. Mesmo vendo os arranhões e hematomas. Em casa meus pais achavam q eu tinha feito algo para receber essa surra. É desse tipo de atitude gratuita e idiota que tenho medo. Esses palhaços que adoram fazer as coisas para aparecer na frente dos amigos, mas não fazem quando estão sozinhos.

        Como havia dito antes, não tenho nenhum amigo desse colégio em questão por conta dessas atitudes. Eu era tão dentro do meu mundo que deixei todo o resto de fora. Só vim a saber o que é ser bem tratado, respeitado e ganhar amizade no segundo grau mesmo.

        Quando minha filha tiver mais idade, vou fazer com que se sinta a vontade para falar comigo e minha esposa. Vou fazer o possível para que ela venha até nós e exponha os seu problemas e dúvidas.

  5. Fred Aguiares disse:

    Acredito que aprendi a ser o que sou hj com o bullying, é sério!

    Apesar da palavra ser nova o problema é antigo e as crianças podem ser crueis mesmo, sofri muito com o bullying assim como o gordinho eu apesar de forte/gordo, por eu não ter respostas agressivas as agressões que eu recebia, sempre era considerado o mais fraco… apanhei, fui rejeitado, sempre colocavam a culpa no mais "fraco" (em mim) até que aos poucos fui entendendo a mecanica da coisa, passei a usar o humor, a inteligencia, brincava com todos, ignoravas os apelidos e até ria um pouco com eles e as coisas começaram a mudar, dentro de 2 anos eu já tinha resolvido o problema transitava bem entre os valentões, os zuados, os cdfs e as vezes até entre as meninas, como sempre fui preguiçoso copiava a lição do cdf e repassava p/ os que valiam a pena do lado dos valentões sempre informando que era uma cortezia do grupo dos cdfs, posso dizer que com esta postura de interagir com todos os grupos e forçar uma interação um ajudando o outro mesmo sem querer… a sala saiu do ranking de uma das mais briguentas da escola para a mais divertida! Claro não fiz sozinho, o povo aos poucos foi entendendo e se ajudando, até o momento que alguns valentões chegavam a defender os cdfs, nerds que se encontravam coagidos por outras salas e tal!

    Talvez se não fosse o bullying eu não tivesse aprendido a ser comunicativo nesta idade…e mais, hj eu com 27 anos vejo que o melhor troféu nesta idade é ser respeitado por todos os grupos da sala, se tornando assim admirado até por algumas meninas… talvez só tive sorte! Conheço pessoas bem traumatizadas que não souberam se virar… não acredito que seja a alternativa, mas aprender a lidar logo cedo com stress, pressão, rejeição, e as vezes até como se portar numa briga pode salvar a sua pele quando se tornar um adulto!

    Não, fui educado a isto… mas foi assim que me virei! Até hj não sei brigar, e nem preciso!

  6. Adler Medrado disse:

    Eu sofri bullying durante anos e tudo se resolveu quando eu peguei o moleque que mais me atazanva e enchi ele de porrada dentro da sala de aula após ele ter feito uma piada comigo. Eu estava com uma camisa e um boné de time de baseball, o professor falou que eu estava parecido com um jogador de baseball e aí o infeliz falou bem alto do fundo da sala: "Só se for com a bola". Eu iria ignorar como sempre havia feito se não fosse o professor começar a rir e a galera da sala toda começar a rir junto.

    Eu peguei aquele infeliz pelo pescoço, levantei ele da cadeira que ele tava sentado e o joguei na parede. Depois de encher ele de socos e o pessoal me tirar de perto dele, eu o chinguei (não vou dizer do que senão eu posso ir preso) e depois disso foram só alegrias. Ninguém nunca mais mecheu comigo, nem aquele professor filho de uma puta.

    Abraços

  7. Nilda disse:

    Meio mundofala sobre quem sofre buling, mas praticamente ninguém fala sobre quem pratica.

    E mais ainda: dificilmente um pai ou mãe vai desconfiar que seu filho ande com uma turma de "fortões" ou "que gostam de zoar os outros", ou que sua filha só tenha amigas magras e que andam na moda usem estas suas "características" para se firmarem em cima de quem não está dentro dos padrões.

    Creio que tpa na hora de começar um debate sério sobre os praticantes de bulling: pq eles fazem isso? Como idendificá-los? Como fazê-los aprender a tolerar o diferente?

  8. Geraldo Bohessef disse:

    Eu nunca sofri buling e isso não é coisa recente , tenho 60 anos e já vi muitos colegas serem humilhados na escola mas não tinha nome para o que faziam, eram agredidos também, uma vez me senti tão mal com o que fizeram com uma menina da minha sala que quem partiu pra cima dos valentões fui eu, dei uma surra nos três que eles até mudaram de colégio pois eles é que passaram a ser vítimas de buling depois dessa surra. Se eu não aguentei, imagino as pessoas que são vítimas desse preconceito idiota ! Há casos em que a escola faz vistas grossas, como deve ter ocorrido com essa, vai falar que nunca ninguém tomou conhecimento do que o garoto estava passando ? E pra falar a verdade, o moleque que apanhou não deveria querer humilhar seu colega não, pois é feio de doer. O gordinho pode emagrecer, mas pra feiúra do outro nem plástica dá jeito.

  9. […] o lance é que o Papo de Gordo fez um post bem completo sobre esse caso, que eu acho que vale a pena ser lido, não apenas por aquelas pessoas […]

  10. Eu sou de um tempo em que a palavra bulling não existia, no entanto as práticas eram as mesmas, intimidação psicológica e física, humilhação diária, meu primeiro grau era o inferno, saber que tinha de ir estudar no dia seguinte e novamente ser pego pra Cristo. Eu por ser cdf, acabava parando na turma mais forte, e por conseguinte onde tinham muitos repetentes. Tinha um que era filho de gente rica, era intocado e querido pelos professores por sua condição social. Este nunca esqueci o nome, mas felizmente não precisei de psicólogo nem nada. O que sempre me deixou indignado foi a impunidade, pois os professores faziam vistas grossas pelos absurdo que ele aprontava não apenas comigo, mas muitos outros.

  11. gut0 disse:

    Sempre fui daquele criança grande, mais gordinho socado com cara de bobo que parrudo mal encarado que me tornei hoje.

    Até determinada idade não havia problema algum na escola até chegar na 6ª série e começar a encontrar aquela turma de "veteranos" donos das lixeiras e seus 30 minutos de recreio. Aprendi em casa a ignorar os insultos, tropeços e todo azar de coisas que um garoto sofre nessa idade dos mais velhos… até começar a ganhar mais peso e a coisa mudar um pouco de figura. Os insultos começaram a virar agressões mais sérias até o dia em que soltei meu primeiro soco em "amigo" e desde este dia então ninguém mais mexeu com aquele garoto que vivia de cabeça baixa.

    Passei a andar com outros garotos mais fortes, gordos ou altos, também, nos tornamos um reflexo dos mesmos agressores que nos fazia perder alguns precisos minutos de respeito e vergonha alheia. Eu roubei lanche de criança, tranquei muito garoto no banheiro alagando sem contar várias latas de lixo na cabeça e outras táticas das quais não me orgulho HOJE e acabaram moldando um rancor dentro de mim por ter feito isso um dia, que não gosto mais da covardia humana mas também a inércia que pode vir a fazer o que fez comigo, efeito triplicado de ódio pelos outros seres humanos.

    Nada justifica a violência, nada, mas este negócio de dar a outra face, comigo não funcionou. Só consegui o respeito nos punhos, mas é preciso saber onde, quando e quantas vezes bater. Isto se chama consciência moral.

    Pratiquem.

  12. Karina disse:

    Só pela cara já dá pra ver que esse magrelo

    é um perturbado…Casey foi 10! Adorei!

    Fiquei impressionada em ver o vídeo…

    Vamos ser realistas esse magrelo chamava o Casey

    de gordinho mas esqueceu de se olhar no espelho…Aff

    dá nojo olhar pra ele…ridículo

  13. Rafael disse:

    Esse magricelo FDP deveria ter morrido por traumatismo craniano

  14. Carolina disse:

    Vejam que no mundo inteiro as escolas são totalmente despreparadas para lidar com essa situação. O Casey nunca recebeu nenhum apoio e quando revidou, depois de anos, foi simplesmente suspenso.

    Acho ótimo que o garotinho agressor esteja se sentindo péssimo. Ele merecia ser punido. Já que a escola e os próprios pais não fazem nada…

  15. eu disse:

    o magrelo deu sorte se fosse eu ia pular em cima do cranio dele.

  16. Arthur Felipe disse:

    Vejo que muita gente aqui relata que já sofreu de bullying quando isso não tinha nem nome. Eu também engrosso esse coro – afinal, um camarada que nasceu de 8 meses com mais de 4kg não poderia ter um estereótipo muito diferente de uns quilinhos a mais e a simpática cara bonachona. =)

    Só que ano vai, ano vem, e parece que nada muda – o bullying ainda existe, e as instituições de ensino optam por reprimir ofensor e ofendido na mesma moeda, ao invés de adotar medidas que efetivamente coloquem um ponto final nessa prática que marca a vida de tanta gente.

    E sim, eu também só me livrei do bullying quando descobri, na 7ª e 8ª séries do ginásio, que eu tinha força suficiente para responder na pancada.

    Não que eu concorde com a atitude; mas, quando uma pessoa é levada a extremo, a resposta impensada não pode ser criticada de forma isolada.

  17. Novaes disse:

    Bom gente, eu era um praticante de bullying, era o valentão do colégio, sempre xingava e pegava lanche dos outros. Até que um dia tive que fazer um trabalho com um dos meninos que azucrinava. Acabei virando seu melhor amigo…Parece história de filme, mas o que aconteceu foi que virei amigo de todos e niguém nunca mais mexeu com eles.

    Aprendi cedo que não devemos julgar pelas aparecencias.

  18. Mar´Junior disse:

    Bem, é complicado para quem sofre, mas não concordo, por mais que ache o q o magrinho deve ser punido, numa agressão do gordinho.

  19. Vi muitos relatos nos comentários sobre bullying. Eu particularmente nunca dei muita bola pra esse tipo de coisa nos meus tempos de colégio…ou pelo menos pensava que não. Eu lembro de alguns momentos de ter sido agredido fisicamente por algum motivo, normalmente eram por coisas tolas que aconteciam, ou quando algum colega pegava do seu lanche sem pedir e ele te xingava e dizia que ia te pegar no final da aula.

    Foi quando eu notei como era violenta a minha infancia, qualquer coisa que acontecia, a qualquer acontecimento nós respondiamos com ameaça. Mesmo os que sofriam bullying, na esperança de acabar com aquilo tentavam atacar de alguma forma.

    O a gente percebe é que isso sempre existiu e a gente realmente não tinha um nome pra dar. Lidamos com isso a muito tempo, e ainda assim não conseguimos achar uma resposta ou uma solução. Tantos pregam hoje que isso não pode acontecer, mas como muitos comentaram que os professores e diretores fazem vista grossa para isso. Hoje onde vivemos num mundo onde cultuamos a psicologia, precisamos de pessoas capazes e que façam algo para mudar tudo isso, e faça com que essa experiencia de vida que passamos possa ser algo que nos faça crescer e nãos simplesmente remoer através dos anos.

  20. João disse:

    Nunca fui gordo, alto demais, estudioso demais,nunca fui de briga sempre fui da paz, e sempre fui um garoto muito quieto e medroso no colegio, e o bullying comia solto comigo, ameaças, piadinhas, isolamento.mas hoje com 48 anos fazendo uma analise, fiquei forte com tudo isso, mas eu poderia ser melhor ainda se tivesse na epoca uma auto estima elevada.vendo o video do garoto, fiquei emocionado pois era isso que eu deveria ter feito na epoca. O garoto deve ter comido o pão que o diabo amassou durante muito tempo para ter feito o que fez.e ele é de indole boa, quando o magrinho cai estatelado no chão ele poderia ter chutado o o magrinho idiota, mas não foi embora, parabens garoto.

  21. roger disse:

    Eu acho triste a seguinte questão: o único jeito de se livrar da perseguição é metendo porrada , sendo mais violento que o agressor … Pais e escola estão é nem aí!

  22. Joaquim Andrade disse:

    Eu não cheguei a sofrer bullying, pois sempre acabei com isso logo de cara.

    Um garoto quis zoar o meu nome, cantando aquela musiquinha chata… Grande erro… Dei só um na cara dele e ele foi suspenso.

    Até um tio meu, um otário, que me zoava, levou um chute no joelho, hoje nem nos falamos.

    Se me orgulho disso? Sim, com certeza. Pois não tenho pendencias de infância, traumas deixados no passado. Estou resolvido, acabou.

    Sabem aquele valentão clássico da vida de vocês? Sempre tem vários, mas tem sempre um em especial, o mais sinistro, que você sempre imagina como seu pior inimigo. Eu o enfrentei também, levei soco, mas bati. O que importa é que enfrentei.

    Brigas de escola moldavam o carater. Tinha o seu lado bom, despertava o guerreiro em você.

    Mas, hoje em dia, sei que não pode mais ser assim. Pois, os tempos realmente são diferentes.

    Hoje em dia temos armas nas escolas. Garotos com facas ou armas de fogo. Por exemplo, trabalhei numa escola, onde um garoto passou a mão na bunda de uma garota de treze. No meu tempo, isso seria resolvido chamando os pais, professores e falando de sexo.

    Mas, esse caso tomou outro rumo, pois o MARIDO de 33 anos da garota de 13 ameaçou matar o garoto, e a gangue do garoto ameaçou matar o marido da garota, se ele tocasse no garoto.

    Uma briga de escola terminava quando um começa a chorar ou sangrava. Durava um minuto, pois sempre chamavam um inspetor. Mas hoje, pode terminar em morte.

    Não pode mais ser como antigamente.

  23. Ana disse:

    sofre bulling qdo criança e o pior é que vinha de todos do bairro em que morava e que morei durante mto tempo, alem de tdo todas as crianças de lá eu via na escola e costumava passar ferias no mesmo lugar que um monte delas tbm, sei mto bem oq é chegar em casa chorando por conta d um monte de coisa e sempre minha mãe saia de casa e ia falar com eles reclamando e eles dps riam da minha cara por conta disso, o bully qe sofre veiu parar qdo eu ja tinha 15 anos e vir morar em salvador, comecei a andar com pessoas diferentes, e fiz algumas amizades, dessa epoca eu naum nego tenho poucas amizade e faço questão de manter – las!

    o pior de tdo é que teve uma epoca em que eles me fizeram acreditar que a culpa era realmente minha e porque eu era mto mimada e tals, me fizeram até ter raiva da unica pessoa que sempre me defendeu!

    eu ainda falo com eles, pois tenho que ter contatos com muito desses filha da puta e como sempre meu unico desejo da infancia se prevelace na minha vida que é " sumir do mundo!!", um dia eu ainda consigo e assim naum precisarei ve-los mais!

    o pior é qdo eles me ver, vem falar comigo como se fosse um nada e ainda me chamam pelo meu apelido de familia e e me chamando de prima sendo q na verdade são uns bando de filha da puta…

    parabens garoto!

  24. Anonimo disse:

    Sempre fui vitima de bullyng diariamente na escola _ problema na fala _ entendo esse garoto o buulyng parece ser uma coisa simples mas faz com q a pessoa se sinta mal, com med, e como eu ateh mesmo timidez.

    essa pessoa acaba se sentindo rejeitada e um dia vai esplodir sendo por dentro ou por fora.

    O medo e a vergonha faz com q as vitimas nao queiram dividir seus sentimentos e sua dores com seus pais e axam q nao podem confiar em ninguem

    obrigadu pelo desabafo eu realmente precisava

  25. Carine disse:

    Acho que ninguém seria capaz de suportar tanta coisa, o gordinho (casey heynes), não fez nada de mais do que se defender. Concordo com a atitude dele e entendo que ele deveria ter medo, e até mesmo se sentir rejeitado.Fez muito bem ele. Se meu filho sofrer bulling e chegar acontecer algo semelhante(que eu ficar sabendo), vou apoia-lo independente do que ocorra.

    Abraços.

  26. Priscila disse:

    Bom eu gostei da atitude dele poiis ele precisava dar um basta eu sou gorda e varias pessoas dão indireta sofro preconceito des de piquena antes chorava e tal ficava mal mesmo hoje eu simplesmente ignoro meu proprio ermão quando esta bravo ou quando brigo com ele mi chama de gorda ja fui chamada de cada coisa que vcs nem imaginam quando vou comprar uma roupa fico triste e até choro a maioria das vezes …

  27. ana clara de melo sa disse:

    eu tenho 85 hinlo sou muito feiz

  28. Vinicios Foizer disse:

    APRENDI QUE EU TENHO QUE FAZER MAS BULLYNG PQ SE O RICHARD NÃ OFOI RESPEITADO ALI NA HORA É PQ ELE NÃO SABIA DAZER A POHA DO BULLYNG DIREITO TA LIGADO!!

    EU ESTUDO EM UM COLÉGIO PARTICULAR EM CAMPO GRANDE E NESSE COLÉGIO QUE EU TAVA O NOME ERA CAJE EM CAMPO GRANDE – MS E QUANDO EU CHEI LA O PESSOAL NUMCA ME RESPEITO EU ERA O GORDO , BALEIA , IDIOTA , E GORDO!! AI QUE EU CAI NA REAL E EMAGRESCI 16 KG PQ FIQUEI COM MUITO ÓDIO DE GORDO AI COMESÇEI A ESTUDAR AI EU VI QUE EU ERA MAGRO E INTELIGENTE AI VI QUE FALTAVA ALGO !! O RESPEITO AI QUE EU COMESÇEI A ZUAR ,TROLLAR ,BATER ,ASSUSTAR E O PESSOAL SENTINHA MUITO MEDO DE MIM ALGUNS QUE EU NÃO GOSTAVA É CLARO A UNICA COISA QUE ME SEGURAVA ERA O FUTEBOL !!!

    MEU NOME É VINICIOS FÓIZER E EU SO UM BULLY COM ORGULHO EU MORO EM Campo grande -MS e estudo no CAJE colégio adventista jardim dos estados NO Bairro JARDIM DOS ESTADOS !!!

  29. Vinícius,

    Acho que você deveria passar menos tempo praticando bullying com seus colegas e mais tempo estudando de verdade. Vai por mim, tu estás precisando.

  30. silvia helena camarg disse:

    ja fui uma mulher gostosa hoje sou gorda e tenho que dizer o gordo sofre ate em casa com piadinhas da familia do marido dos vizinhos e muito chato eu mesmo tenho varios apelidos sanshu, mamute, shurek;

    e triste agente ri na hora mas no fundo da uma revolta fora quando voce vai em festas voce e atraçao principal todo mundo vem dar um palpite pra gente emagrecer devia existir uma lei para deixarem os gordos em paz minha frase e da licençao de eu ser gorda….

  31. juliana disse:

    eu tambem nunk sofri de bullying e sempre enfrentei tudo,a minha colega foi querer brigar comigo foi mais quem me defendeuuuuuuuuuu

  32. […] Bullying e o Zangief Kid Bullying, a vítima e a vitimização Propaganda do pai com vergonha do filho Pó de Cash sobre Assédio Moral Monacast 95 – Bullying e os Valentões de uma figa Piratacast 10 – Histórias de Colégio [Parte 1] Piratacast 11 – Histórias de Colégio [Parte 2] E-MAIL […]

  33. Altair disse:

    Tenho 39 anos. Sempre fui muito zuado pelos colegas, inclusive fora da escola. Fui o caçula de 8 irmãos, pais superprotetores e exageradamente certinhos. Assim entrei na escola sem muita habilidade social e zero de malandragem. Era um pouco acima do peso, usava óculos, tímido, calmo, bonzinho e uma negação nos esportes. Os apelidos de gordo e quatro-olhos eu nem ligava. O que me doía é que chamavam de bobão, de doidinho, apesar de tirar as melhores notas, o que, aliás, fazia os fdp invejosos me perturbarem ainda mais. Gostavam de me ridicularizar, era excluído e desprezado por praticamente todos, a não ser quando queriam que eu passasse cola ou fizesse os trabalhos em grupo sozinho. Não reagia, mas me sentia mal, com a auto-estima no chão. Estudioso e esforçado, fui passando em vários concursos públicos e hoje estou muito bem financeiramente. Ainda me sinto um pouco excluído pelos colegas de trabalho, mas nem ligo pra isso. Tenho uma esposa linda, 3 filhas educadas e inteligentes, meus irmãos e meu pai (infelizmente minha mãe já não vive mais) e sei que sempre poderei contar com eles. Mantenho a humildade e trato todos com educação, inclusive os colegas que me zuavam na juventude. Não tenho mais contato com nenhum deles, mas eventualmente topo com algum deles na rua. Converso normal, não fico relembrando coisas ruins, até porque mudaram suas atitudes e hoje me respeitam. Muitos até têm medo de mim, embora isso seja desnecessário.

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