Cordel de Natal
Publicado em 21 de dezembro de 2017
Chegou o fim do ano,
Começa a festança.
Sentados à mesa
Na maior comilança.
Peru, queijo, pãozinho,
Panetone e muito vinho.
Todos enchendo a pança!
A conversa é alegre,
Sobre tudo se fala:
Da rotina, do trabalho,
Daquele tio mala,
Das lembranças de outrora,
Do antigo e do agora,
Da prima que não se cala.
A união é muito forte,
Muito amor envolvido.
Abraços e sorrisos,
Cochichos no ouvido,
Beijos e lágrimas.
Nada de lástimas
Ou coração partido.
Na hora da oração
A fé se faz presente.
Forma-se um círculo
Grande de tanta gente.
Momento de agradecer,
Sem contudo se esquecer,
De quem está ausente.
O amigo secreto
É mais uma alegria.
As descrições do amigo,
Verdadeira putaria.
Narigudo, atrapalhado,
Sem vergonha e safado.
“É o marido da minha tia”
E aquele rouba, rouba,
Ou será troca, troca?
Dá-se um, ganha-se outro.
Às vezes até nos choca.
Tem perfume importado,
Tem Whisky e calçado
E você ganha uma paçoca.
Mas não tem problema,
Pois isso não faz mal.
A festa é o que importa,
A brincadeira é até legal.
Desde que haja partilha,
Desde que haja família,
Será sempre Natal.
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