O fim de uma amizade na era da lanternagem e do martelinho de ouro

Eubalena
@realeuba

Publicado em 31 de maio de 2016

Martelinho de Ouro

A amizade começou devagar há alguns anos, mas nos últimos 12 solidificou-se para ser eterna. Um par de peitos e um umbigo.

É… Ter 100 kg, eliminar 30, engravidar, eliminar mais 10, recuperar 30 e emagrecer novamente para o peso que acha ideal provoca muitas quedas no corpo.

Não sou contra amizades eternas, mas mantenho meu compromisso com a verdade, e esta amizade bate no bojo do meu sutiã e joga a culpa da mentira nas minhas costas.

Cirurgia plasticaA amizade, ela tem de terminar. E eis que um terceiro elemento surge para dar uma solução ao caso: o cirurgião plástico!

Quarenta e um anos de idade e me encontro naquela fase da vida que o motor está ótimo, mas a lataria precisa de um martelinho de ouro aqui, uma massinha corrida ali… enfim, uma lanternagem bem feita com direito a polimento no final.

Em 2015 fiz o pedido de cirurgia plástica reparadora ao meu plano de saúde. Todo “reduzido” sabe da luta que temos de travar com os planos de saúde para conseguirmos a plástica reparadora, que é um direito do gastroplastizado, inclusive sendo oferecida pelo SUS.

Como todo bom plano de saúde, o meu negou. Foi um balde de água fria. Cirurgia plástica não é só chegar ao hospital, ficar meia hora e voltar para a Mastopexiacasa com um curativo. No meu caso, principalmente, com uma filha de 11 anos no meio do ano escolar, marido sem férias, morando longe da família exige todo um planejamento detalhado e já tinha começado o meu quando entrei com o pedido.

Semanas depois o plano de saúde entra em contato para me indicar um perito numa cidade vizinha, para avaliar meu caso. Lá vou eu para perito… cirurgia indicada, mas voltaria para a análise dos auditores.

Foram uns bons três meses de espera. Eu, a rainha da ansiedade, pensei várias vezes em desistir, esquecer tudo e comprar um novo estoque de sutiã de bojo.

Mas, por fim, recebi a tão esperada ligação com a notícia “Tá liberada!”. E agora, amiguinhos e amiguinhas, dia 31 de maio, estarei entrando no maravilhoso mundo das sem pelancas e com peito no lugar.

Medo?
Muito! Mas é o fechamento de uma fase que começou com a minha cirurgia bariátrica e devo a mim, após tantos anos de autoestima se arrastando no chão, me olhar no espelho e me achar bonita.

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Uma resposta para “O fim de uma amizade na era da lanternagem e do martelinho de ouro”

  1. Sandro disse:

    Post antigo mas ainda queremos fotos. De preferência nudes. Grato, deusa do sexo!

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